Lembra-se como eram as agências bancárias nos anos 80?
Se tem mais de 40 anos, com certeza lembra-se do tempo perdido todas as semanas nas agências bancárias: para levantar dinheiro, para obter o extracto de movimentos, pagar contas, fazer transferências, tudo era feito através do banco. Cada agência operava com cerca de 30 ou mais funcionários e uma fila interminável de pessoas para serem atendidas, numa espécie de punição coletiva diária infernal.
Hoje em dia tudo mudou. A tecnologia revolucionou o sector e disponibilizou a maioria dos serviços à um clique de distância. Agora, uma agência bancária funciona com menos de 5 pessoas, sem perder a qualidade do serviço e multiplicando as suas ofertas. O cliente também mudou e já conta com a conveniência de utilizar caixas multibanco, computador e telemóvel para as suas necessidades, a qualquer hora, em qualquer lugar. Ir “fisicamente” ao banco virou coisa do passado.
Esta transição digital impulsionada pela tecnologia foi decisiva no sector bancário tanto que, actualmente, se algum banco resolvesse ser “não digital”, ficaria sem clientes porque o consumidor rejeita fortemente a perda de tempo e os métodos e processos manuais do passado.
No entanto, se considerarmos outros sectores e empresas, às vezes parece que há gestores que ainda pensam que podem passar ao lado da transformação digital. Acham que podem estar no mercado e atender aos seus clientes como faziam há anos... e continuam a ignorar que a globalização dos produtos e serviços é já uma realidade. Não existem mais fronteiras para os proteger e evitar a concorrência.
As novas gerações, que serão os seus possíveis futuros clientes, são 100% digitais nativos e têm uma forma completamente distinta de se relacionar com o mundo e fazer suas escolhas. Ainda há gestores que, sem se actualizarem nos conceitos tecnológicos actuais, continuam a querer “abrir as suas Agências com 40 pessoas” e submeter os seus clientes à processos lentos, com burocracia interna e externa, pouca flexibilidade e ausência de transparência.
Em Maio de 2019 não faz sentido ignorar o mindset das novas gerações e a transformação digital dos serviços e produtos à sua volta e que, em qualquer lugar do mundo, podem fazer concorrência directa à sua empresa.